O arquiteto Thoni Litsz se inspirou nas estampas arabescas e cores usadas no século XIX para enriquecer o casarão dos ilustres Barões que frequentavam as cortes europeias.
Como era muito difícil no Brasil, “um país relativamente novo” ter decoração e moda, os grandes barões importavam tudo que era novo da Europa, principalmente a decoração.
Os fidalgos (filhos de nobres) estudavam na Europa aprendendo as regras de etiqueta e a cultura do “Velho Mundo”. Nestas viagens nossos nobres traziam de navio praticamente toda a decoração, importando desde tecidos, enxovais e adornos para suas ricas fazendas que faziam parte da bolsa de café.
A sala das senhoras era usada pelas mulheres dos nobres e barões que eram excluídas dos assuntos masculinos que aconteciam após o jantar. Os homens iam para a sala dos senhores para discutirem política e as oscilações do mercado do café e as senhoras iam para outro recinto.
As senhoras ouviam música erudita, cheiravam rapé, bordavam, jogavam carteado, conversavam e interagiam entre si pois eram excluídas dos recintos frequentados pelos homens e não ficava bem uma senhora de boa família no século XIX nos ambientes masculinos da casa.
O projeto do arquiteto uniu peças adquiridas em leilões de antiguidades, tecidos de época, cores e estampas que remetiam as usadas no século XIX.
Com isto Litsz usou a iluminação pontual do teto de dois lustres em cristal que fazem parte do acervo da fazenda, abajures e tocheiros dão a luz pontual e cênica da sala.
A pianola de parede é enfeitada pela porcelana do casal Velho Paris ladeado por dois candelabros de bronze com apliques de rosas em opalina, um tipo de vidro muito usado no séc XIX.
A tapeçaria de parede e os temas de flores, cristãos e sacros estampam as paredes da sala.
Apliques de velas e uma pequena mesa de chá são ladeados por ricas cortinas que finalizam as paredes de acesso a sala das senhoras.
Ficha Técnica:
Tecidos, cortinas: Tapeçaria Universal
Fotos feitas pelo I Phone de Thoni Litsz