Consultora de moda ensina a criar um closet pequeno e eficiente com poucas peças
Dona de um armário com 60 peças, a consultora de estilo Rachel Helidonis, de 37 anos, sempre foi contida em suas aquisições, apesar de sua profissão. Para isso, evita adquirir peças similares ou compras por impulso. Também prefere investir na qualidade em vez de quantidade.
“Acredito que esse processo tem que ser orgânico e natural e não limitador”, pontua a especialista, que também compartilha em seu Instagram algumas combinações criadas com o seu guarda roupa enxuto.
Além disso, a disposição de roupas em seu armário conta com cabides iguais e peças separadas por cor. “Assim eu consigo visualizar tudo que eu tenho”, conta. Ela também recomenda que o dono do armário inverta a ordem dos cabides às vezes, para não “viciar o olhar” e conseguir criar looks. “Quando eu vejo que estou muito viciada em um padrão, me lanço em alguns desafios”, conta.
Confira 6 dicas da especialista que podem te ajudar a montar um armário cápsula:
1) Autoconhecimento
“Antes de comprar, avalio alguns critérios para ter certeza de que aquele ‘item-desejo’ se adequa à minha identidade visual e terá ‘giro’ no meu guarda-roupa”, explica. Rachel também ressalta que é importante se questionar se a peça tem a mesma linguagem de outra que você já possui. “Calça jeans, por exemplo: tenho uma com estilo marcante, de cós duplo; uma tradicional e uma jogger. As três possuem linguagens diferentes e conversam com meu estilo. Não compro nenhuma peça apenas por estar na moda. E não acredito que ninguém precise ter 10 calças pretas”.
2) Versatilidade
“De que maneiras conseguirei integrar essa peça aos meus looks e necessidades do dia-a-dia? Nesse caso exercitar a criatividade é fundamental”, diz. “Tenho uma camisa jeans, por exemplo, que já virou blusa – usada de trás para frente – saída de praia jogadinha por cima do maiô e até saia, adotando um truque de styling”.
3) Valor da peça X quantidade de vezes que irei usá-la
“É comum vermos mulheres gastando uma verdadeira fortuna em roupas de festa e poupando em roupas super práticas para o dia-a-dia”, conta a especialista, que recomenda investir em peças que podem ser usadas em diferentes ocasiões.
4) Parte de cima X parte de baixo
“Geralmente as partes de cima chamam mais a atenção, pois estão próximas ao rosto, por isso a necessidade de ter mais quantidades desse tipo de peça. A quantidade sugerida é de três (ou mais) partes de cima para cada parte de baixo”, explica.
5) Quanto uma peça custa X o quanto ela vale
Rachel recomenda que, ao adquirir uma peça, é importante avaliar se seu design é especial e questões como tecido, corte e caimento.
6) Racionalize a compra
“Ao comprar uma roupa nova não estamos apenas comprando um pedaço de tecido: estamos comprando sonhos, expectativas e idealizações”, conta. A consultora recomenda que, para evitar um consumo por impulso, vale pedir para a vendedora separar a peça enquanto você sai para tomar um café, ou dar uma volta e, assim rever a necessidade da aquisição. “Garanto que boa parte do impulso se dilui e as compras ficam cada vez mais assertivas”, explica.